Os
EUA sempre tiveram sua política pautada pelo puritanismo cristão. A Lei seca
durou de 1920 e 1933 e foi uma cruzada do moralismo. Só que toda proibição dá
uma margem à corrupção e contrabando, que acarreta em violência. É aí que está
a história de Boardwalk Empire. Steve Buscemi é Nucky Tompson, tesoureiro de
Atlantic City daquela época, que faz todo tipo de maracutaia para poder
contrabandear álcool, apesar de ser um político que prega o contrário. Daí
vemos uma das reflexões mais brilhantes que já vi do que é a corrupção na política. O melhor da série é
que ela tem o dedo de Martin Scorsese, produtor executivo, o que dá um alto
grau de qualidade.
A 1ª
temporada perdeu para Mad Men ano passado, nesta segunda vemos um Nuck ameaçado
por todos os lados, desde novos interessados em roubar seu posto, até o governo
federal, que o coloca em uma sinuca de bico. Porém Nucky não chegou onde chegou
à toa e faz de tudo para não “largar o osso”. Agora casado com Margaret Schroeder (Kelly Macdonald), que são uma espécie de porto seguro em sua vida, o vemos combatendo o
grupo de Comodoro e seu filho Jimmy (Michael Pitt). Gostei bastante de como a
série tem uma estética ousada, o jogo de câmeras e os diálogos são de muito bom
gosto. A cena onde Jimmy é morto por Nucky é de uma beleza incrível.
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