Depois
da 1ª temporada ter sido ignorada pelo Emmy ano passado, ela obteve sua 1ª
indicação. A trama se passa no seio de uma família aristocrática na Inglaterra
da época da 1ª guerra mundial. A série consegue muito bem nos mostrar a razão
da nobreza ter durado tanto tempo na Inglaterra, claro que não podemos nos
iludir que todos os nobres ingleses são tão bons quanto os mostrados aqui, mas
sente-se que eles possuem uma grande classe em tudo. Desde o trato com os
empregados até a relação com a cidade que os cerca. Talvez esta seja uma das
razões da nobreza está até hoje no poder do Reino Unido. Porém o século XX foi
fundamental para a quebra de vários privilégios. O foco desta série me lembrou
os filmes de Visconti, principalmente “O Leopardo”, onde vemos uma aristocracia
na iminência de perder o seu poder e vendo uma nova ordem surgindo. Aqui
representada pelo noivo de Lady Mary (Michelle Dockery), o influente
dono de jornais, Richard Carlisle (Iain Glen).
A série dá umas deslizadas quanto ao “teor açucarado” das relações românticas. Deixando a história meio arrastada, mas não compromete o nível. Ela poderia ser mais crítica, tipo mostrar outros nobres mesquinhos. Pois às vezes pode dar uma impressão de idolatria à nobreza. Outro triunfo da série são os atores, dotados de uma capacidade incrível. Na trilha da escola inglesa de atores, uma das melhores. Tanto que a série foi a que indicou mais pessoas na categoria de melhor ator em geral. Com Michelle Dockery por melhor atriz, Hugh Bonneville por melhor ator, Joanne Froggatt e Maggie Smith por melhor atriz coadjuvante. Jim Carter e Brendan Coyle em melhor ator coadjuvante. Só gente de qualidade. Apesar de ótima, a concorrência está muito qualificada este ano. Na minha opinião carta fora do baralho na categoria de melhor série.
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